Manhattan é uma ilha com vários espetáculos a decorrer ao mesmo tempo. Tem um cenário
gigantesco com neons de formas e
cores diferentes, sobrepostos, misturados, que se intercetam tentam arranjar lugar,
mas não encontram, o espaço está cheio. Os prédios crescem em alturas gigantescas,
apertados a medir a altura de cada um.
Quando se olha para cima em Manhattan, a sensação que se tem é que os “charutos” se estão a tocar. A luz, no dia de sol em que visitei o coração da cidade estava coada pelas cortinas dos prédios. De vez em quando aparecia um raio de sol para desaparecer novamente.
A vibração
sente-se: no trânsito constante com os célebres táxis amarelos, com as pessoas
apressadas, stressadas, com uma mão segurando um copo grande de café, chupado com uma
palhinha e na outra o inevitável telemóvel para comunicar sempre.
Mas Nova Iorque não foi sempre assim. Era povoada por tribos indígenas, os primeiros americanos, num estádio cultural da Idade da Pedra segundo os parâmetros europeus do fim do século XV, princípio do século XVI, quando os "descobridores" ali chegaram. Quem chegou primeiro ainda hoje se discute. Os vikings, Colombo, mas o que se sabe é que a ilha de Manhatan foi comprada aos índios pelos holandeses que foram os primeiros a estabelecer-se no território a que chamaram Nova Amesterdão. Construíram uma paliçada para se defender dos índios e dos ventos e esta muralha está na origem da rua que hoje se chama Wall Street!
Sim a do dinheiro e dos negócios, da bolsa e da especulação. Os primeiros judeus a chegar a este local foram 23 portugueses expulsos pela Inquisição da cidade brasileira do Recife. Depois os ingleses em 1664 apoderaram-se da zona estratégica e chamaram-lhe Nova Iorque até hoje.
Aqui se situam as empresas de ratting que ditam o destino financeiro de Portugal e do mundo.
O touro feroz leva tudo na frente!
Neste caldeirão de culturas, só neste pedaço de terra um dos mais densamente povoados do mundo, atrevo-me a dizer com representações de todo o mundo, o que senti foi dificuldade em respirar e em compreender que felicidade fugaz pode satisfazer alguém de uma forma equilibrada. Mas desisti de compreender.
Como disse aqui a atmosfera sopra rápido, o tempo tem uma velocidade diferente, o tempo é dinheiro, dollar...
Mas na Broadway os espetadores quando pagam bilhete, acreditam que o que vão ver é o espetáculo. Musica, canto e dança a um ritmo a combinar com a cidade, cenários que mudam tal e qual como no exterior, sempre rápidos, não há tempos mortos. A cidade nem de noite dorme, como diz a canção.
No Rockefeller Center compra-se tudo num ciclo vicioso de ganho e de consumo.
A 5ª. Avenida é a via apia para onde convergem os que querem ter para ser.
A Central Station, a comemorar o seu centenário quando a visitei em 2013, deve ter sido testemunha de muitos encontros e desencontros, mas continua com o seu charme intemporal, a receber os que passam e os que reparam.
A Catedral de São Patrício, herança irlandesa, pergunta-se todos os dias o que faz ali, só lhe dão importância uma vez no ano.
No meio de Manhattan, o Central Park, o pulmão verde das corridas solitárias cronometradas por smatphones no braço, dos passeios dos cães afortunados, dos viciados em selfies, dos mendigos a observar o último modelo do vestido comprado sem ver o preço e também espaço de vários espetáculos de artistas que precisam de sobreviver.
Finalmente a subida ao Empire State Building dá a dimensão do conjunto, da grandeza e da fragilidade, como no 11 de Setembro.
Também há arte no Metropolitan Museum of Art, no Museum of Modern Art e no Guggenhein Museum, mas não tive tempo para admirar o outro lado da cidade. Terei que voltar para sentir Nova Iorque diferente, com roteiro artístico.
Quando se olha para cima em Manhattan, a sensação que se tem é que os “charutos” se estão a tocar. A luz, no dia de sol em que visitei o coração da cidade estava coada pelas cortinas dos prédios. De vez em quando aparecia um raio de sol para desaparecer novamente.
O céu de Nova Iorque |
Taxi amarelo |
Wall Street |
Wall Street |
Aqui se situam as empresas de ratting que ditam o destino financeiro de Portugal e do mundo.
O touro feroz leva tudo na frente!
Touro feroz no bairro financeiro |
Não precisa de legenda |
Neste caldeirão de culturas, só neste pedaço de terra um dos mais densamente povoados do mundo, atrevo-me a dizer com representações de todo o mundo, o que senti foi dificuldade em respirar e em compreender que felicidade fugaz pode satisfazer alguém de uma forma equilibrada. Mas desisti de compreender.
Como disse aqui a atmosfera sopra rápido, o tempo tem uma velocidade diferente, o tempo é dinheiro, dollar...
Mas na Broadway os espetadores quando pagam bilhete, acreditam que o que vão ver é o espetáculo. Musica, canto e dança a um ritmo a combinar com a cidade, cenários que mudam tal e qual como no exterior, sempre rápidos, não há tempos mortos. A cidade nem de noite dorme, como diz a canção.
A Liberdade a atuar |
Luzes a sobreporem-se |
No Rockefeller Center compra-se tudo num ciclo vicioso de ganho e de consumo.
A 5ª. Avenida é a via apia para onde convergem os que querem ter para ser.
Rockefeller Center |
Central Station |
A Catedral de São Patrício, herança irlandesa, pergunta-se todos os dias o que faz ali, só lhe dão importância uma vez no ano.
Catedral de S. Patricio |
Finalmente a subida ao Empire State Building dá a dimensão do conjunto, da grandeza e da fragilidade, como no 11 de Setembro.
Pomba da paz a olhar Nova Iorque |
Nova Iorque e o rio Hudson |
Bom texto e muito bem complementado com interessantes fotos
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