Pesquisar

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CATARATAS DO IGUAÇU

























O nome Iguaçu quer dizer “água grande” na língua tupi-guarani.
Segundo a lenda um deus em forma de serpente planeava casar com uma bela mulher chamada Naipí. Tarobá, jovem guerreiro da tribo enamora-se de Naipí e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, venham comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa. 
O deus serpente, furioso com os fugitivos, penetrou na terra, retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas.
Envolvidos pelas águas, caíram de grande altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipí, numa pedra junto da grande queda de cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados pelo deus-serpente, permanecem ali, Tarobá foi condenado a contemplar eternamente sua amada mas sem lhe poder tocar. 
As serpentes realmente existem, assim como os quatis, que aparecem sem vergonha a ver se os nossos sacos têm comida. Não gostam de ser tocados, gostam só de aparecer… e tocar.
Tarobá abrigou-nos na sua palmeira no Hotel com o seu nome. Transformou a chuva em sol e tornou a nossa visita luminosa.
A lenda vale o que vale e tem o seu lado mágico, mas o espetáculo é assustadoramente bonito. Todas as perspetivas são surpreendentes e a máquina fotográfica ficou exausta… mas até nem era precisa, é só para provar que estivemos lá. A memória retém esta beleza, esta força, este vapor, este grito dos amantes que não podem tocar-se.

O verde tem uma intensidade tal que compete com o azul do Rio Paraná. Acho que chegaram à conclusão que vivem harmoniosamente com as suas forças.
O percurso num carro verde facilita as deslocações deste grande parque, mas o passeio a pé com uma guia especializada ajuda-nos a entrar na "alma" desta maravilha natural. Perguntei se não havia orquídeas e ela mostrou-mas agarradas às árvores. 


Hesitei se me meteria num barco de borracha a desafiar aquela torrente poderosa. Observei o grupo que já tinha decidido "encarnar" a aventura e porque não?
Lá fui "enfiar-me" no meio da força das águas porque pensei que me iria arrepender se não fosse, e tinha razão é uma experiência única que não pode deixar de ser vivida. Toda molhada entrei no "gozo" dos condutores da "casca de noz" chamada macuco a olhar para as caras de aflição dos tripulantes enquanto davam voltas de propósito como se fosse um safari aquático!

As borboletas merecem um parágrafo à parte. São muitas, poisam para mostrar a sua beleza e raridade. A 88, a azul, a cor de laranja bailam no ar e deixam-se tocar, fotografar…nunca pensei que gostassem tanto de pessoas. Realmente esta natureza tem uma coleção inesgotável ao nosso alcance.


Algumas convivem com outras "amigas" e encontram-se num corrimão amarelo para sobressaírem para a fotografia...
Os pássaros também devem ser muitos, lindos, coloridos mas apenas se ouvem na natureza quieta, como música de fundo para subirmos no ar. 
A avaliar pela calma das borboletas, outros animais também vivem descansados  em Iguaçu, porque as pessoas respeitam-nos e contribuem para a sua preservação.
Ir ao meio do Rio Paraná numa ponte é outro desafio radical, mas quem foi de barco...
Almoçar num bar debaixo da torrente é outra experiência única que abafa literalmente as nossas vozes.
Acho que a minha inspiração literária não chega para descrever tamanha beleza, mas esta experiência é para sentir com os seis sentidos. Partilho a visão.

Termino a minha descrição da viagem ao Brasil, com vontade de explorar mais este grande e rico país, multicultural, com uma grande diversidade paisagística, com uma história indígena a descobrir, com uma colonização peculiar mas que deixou nos brasileiros a afabilidade com emoções a explodir e abertura como as vogais do português pronunciado... é uma atração!

5 comentários:

  1. Olá, colega cursista de uma semana. Parabéns pelo seu blogue. Quanto às cataratas,como só vejo quedas, parece-me que não viram as cataratas do lado da Argentina. Para nós, foi o mais espectacular. Ver aquela bocarra do inferno a engolir um mar de água até assusta. Bom trabalho. António Henriques

    ResponderEliminar
  2. Obrigada pelo seu comentário. Sim, só vi as cataratas pelo lado do Brasil e agora fiquei curiosa. Penso para o ano visitar a Argentina e não me vou esquecer da sua opinião!
    Quanto ao blogue, estou-me aperfeiçoando. Ainda não foi divulgado aos meus amigos e família. Sou blogger recente... ainda estou a testar a aderência!
    Continue a mandar os seus comentários.
    Isabel

    ResponderEliminar
  3. Obrigada pelo seu comentário. Sim, só vi as cataratas pelo lado do Brasil e agora fiquei curiosa. Penso para o ano visitar a Argentina e não me vou esquecer da sua opinião!
    Quanto ao blogue, estou-me aperfeiçoando. Ainda não foi divulgado aos meus amigos e família. Sou blogger recente... ainda estou a testar a aderência!
    Continue a mandar os seus comentários.
    Isabel

    ResponderEliminar
  4. Sua descrição sobre as Cataratas do Iguaçu usando os personagens que deram origem às quedas foi demais Isabel, adorei conhecer o local e as avaliação e posts sobre as Cataratas são sempre positivas, não tem como sair daquele lugar com uma impressão ruim. Aqui nesse post http://www.localplanet.com.br/cataratas-do-iguacu/ também vi muitas dicas legais de moradores da cidade! Continue a alimentar seu blog, é uma ótima maneira de mostrar suas experiências para outras pessoas. Abraços. :]

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada Carol pelo seu comentário que só hoje li. O blog é para eu sentir outra vez e partilhar. Tenho andado em viagem a recolher impressões para publicar. Continue a mandar seus comentários.

      Eliminar