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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

S. PAULO - Parque Ibirapuera



Parque na cidade

O nome não faz justiça à sua beleza. Em tupi-guarani significa árvore caída ou morta. Na época da colonização era uma aldeia indígena com solo extremamente alagadiço.

S. Paulo, enquanto uma das cidades mais desenvolvidas da América Latina precisava de um parque que respondesse à sua necessidade de interação com a natureza. Mas, o terreno era pantanoso e inviável para este projeto. Para drenar a sua excessiva humidade, um funcionário da Câmara resolveu plantar, com sucesso, eucaliptos. 

Finalmente pode ser pensado um projeto viável para a construção de um parque que oferecesse à cidade um conjunto de cenários para o seu lazer, onde se preservasse a memória indígena e também se criassem infraestruturas modernas condizentes com exigências futuras da cidade.

O Parque com a cidade ao longe


A contemplação calma da natureza
Foi inaugurado em Agosto de 1954, com 640 pavilhões montados por treze estados e dezanove países, salientando-se a réplica do Palácio Katsura do Japão, ainda hoje atração do Parque e conhecido como Pavilhão Japonês.

Um parque dentro da maior cidade da América do Sul tinha que ser grande, mas mais que a extensão, este surpreendeu-me pela utilidade e pela magnífica intervenção arquitetónica de Óscar Niemeyer, conjuntamente com uma equipa de paisagistas. 

Os muitos verdes do Parque
Não podia ser de outra maneira em S.Paulo. Acho que para os paulistas até no lazer têm que ter o fator económico como pano de fundo. Neste contexto, refiro em primeiro lugar o Pavilhão da Bienal da autoria de Óscar Niemeyer, onde se exibem e “lançam” obras de jovens artistas brasileiros e de outros países, se realiza a bienal de arquitetura e durante uma semana o maior desfile de moda da América Latina. Todos estes eventos representam um volume de negócios assinalável devido a contactos estabelecidos, visitantes recebidos e hotéis lotados, publicações editadas, enfim toda uma dinâmica proporcional à grandeza dos eventos. 
Pavilhão da Bienal
Ligado visualmente ao Pavilhão situa-se o Museu de Arte Moderna com um acervo de 3.700 obras que recebe milhares de visitantes anuais paralelamente à realização de eventos culturais como lançamentos de livros, palestras, cinema e teatro.

Museu de Arte Moderna

Pormenor da parede do MAM

Composição feliz de uma divisória



Estátuas a olharem para nós
Presença do Dali num autocarro grafitado
Oca é um imenso domo projetado por Óscar Niemeyer, numa referência às habitações indígenas. Tudo redondo: escadas e rampas, aberturas de luz, contornos das paredes e…ausência de colunas. Esta obra de arte em si, também alberga arte: exposições temporárias dedicadas a pintores célebres, civilizações milenares, tesouros das mais variadas proveniências. Mais uma vez atrai os paulistas ávidos de cultura e também todos os visitantes que dinamizam a vida económica de S.Paulo.

OCA


Oca enquadrado no Parque
A harmonizar com a arte humana está a da natureza, também em amarelo: a orquídea oncidium florida agarrada a uma árvore.


Orquídea Oncidium  "chuva de ouro"agarrada a uma árvore

A árvore da orquídea
Os antepassados bandeirantes também são recordados com orgulho em pedra. Foi com o seu esforço e trabalho que desbravaram e alargaram as fronteiras do Brasil e descobriram riquezas.
Bandeirantes
A cidade moderna, cosmopolita vê-se ao longe enquadrada num belíssimo lago. Os parques das cidades são o oxigénio revigorante do dia a dia dos seus habitantes que pagam fortunas para ter vista para o verde, em S. Paulo e em todo o mundo.
O lago, o parque e a cidade

... a próxima mensagem vai levar-nos ao Parque Inhotim, uma exposição de arte na natureza.




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