Parque na cidade
O nome não faz justiça à sua beleza.
Em tupi-guarani significa árvore
caída ou morta. Na época da colonização era uma aldeia indígena com solo
extremamente alagadiço.
S. Paulo, enquanto uma das cidades
mais desenvolvidas da América Latina precisava de um parque que respondesse à
sua necessidade de interação com a natureza. Mas, o terreno era pantanoso e
inviável para este projeto. Para drenar a sua excessiva humidade, um funcionário
da Câmara resolveu plantar, com sucesso, eucaliptos.
Finalmente pode ser pensado
um projeto viável para a construção de um parque que oferecesse à cidade um conjunto de
cenários para o seu lazer, onde se preservasse a memória indígena e também se
criassem infraestruturas modernas condizentes com exigências futuras da cidade.
|
O Parque com a cidade ao longe |
|
A contemplação calma da natureza |
Foi inaugurado em Agosto de 1954, com 640 pavilhões montados por
treze estados e dezanove países, salientando-se a réplica do Palácio Katsura do Japão, ainda
hoje atração do Parque e conhecido como Pavilhão Japonês.
Um parque dentro da maior cidade da América do Sul tinha que ser
grande, mas mais que a extensão, este surpreendeu-me pela utilidade e pela
magnífica intervenção arquitetónica de Óscar Niemeyer, conjuntamente com uma
equipa de paisagistas.
|
Os muitos verdes do Parque |
Não podia ser de outra maneira em S.Paulo.
Acho que para os paulistas até no lazer têm que ter o fator económico como pano
de fundo. Neste contexto, refiro em primeiro lugar o Pavilhão da Bienal da autoria de Óscar Niemeyer, onde se exibem e “lançam” obras de jovens
artistas brasileiros e de outros países, se realiza a bienal de arquitetura e
durante uma semana o maior desfile de moda da América Latina. Todos estes
eventos representam um volume de negócios assinalável devido a contactos
estabelecidos, visitantes recebidos e hotéis lotados, publicações editadas,
enfim toda uma dinâmica proporcional à grandeza dos eventos.
|
Pavilhão da Bienal |
Ligado visualmente ao Pavilhão
situa-se o Museu de Arte Moderna com
um acervo de 3.700 obras que recebe milhares de visitantes anuais paralelamente
à realização de eventos culturais como lançamentos de livros, palestras, cinema
e teatro.
|
Museu de Arte Moderna |
|
Pormenor da parede do MAM |
|
Composição feliz de uma divisória |
|
Estátuas a olharem para nós |
|
Presença do Dali num autocarro grafitado |
O Oca é um imenso domo projetado por
Óscar Niemeyer, numa referência às habitações indígenas. Tudo redondo: escadas e
rampas, aberturas de luz, contornos das paredes e…ausência de colunas. Esta
obra de arte em si, também alberga arte: exposições temporárias dedicadas a
pintores célebres, civilizações milenares, tesouros das mais variadas
proveniências. Mais uma vez atrai os paulistas ávidos de cultura e também todos os visitantes que dinamizam a vida económica de S.Paulo.
|
OCA |
|
Oca enquadrado no Parque |
A harmonizar com a arte humana está a
da natureza, também em amarelo: a orquídea oncidium
florida agarrada a uma árvore.
|
O lago, o parque e a cidade |
... a próxima mensagem vai levar-nos ao Parque Inhotim, uma exposição de arte na natureza.
Sem comentários:
Enviar um comentário