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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

ROMA - Igreja S.António dos Portugueses

Na Igreja de Santo António dos Portugueses foi tudo surpreendente pela positiva.
O caminho para lá chegar foi difícil, mas a recompensa de Santo António dos Portugueses em Roma não poderia ter sido melhor.

Recebeu-nos o reitor do Instituto Português de Santo António, Mons.Agostinho Borges que, sem encontro marcado nos presenteou com uma visita guiada por esta belíssima Igreja, que é realmente um orgulho para os portugueses que a visitam. Mostrou os vários altares dedicados a santos portugueses, o teto com uma pintura de Cristo Crucificado aparecido a D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique. 

Convidou-nos para um concerto de piano e de órgão a ocorrer a seguir a cargo do maestro residente Giampaolo Di Rosa! Melhor era difícil.
O órgão inaugurado em 2008, único em Roma, com 2.500 tubos cria uma verdadeira orquestra com efeito envolvente, com sons que falam entre si. Tem concertos semanais de lotação esgotada e não há melhor forma de promover a cultura portuguesa e dar a conhecer esta pérola barroca muito bem conservada.
Esta Igreja está revestida e ornamentada com trinta tipos de mármores de várias cores, com pormenores de anjos barrocos brancos que adornam suavemente o altar-mor de Nossa Senhora. Os italianos chamam-lhe uma “caixa de bombons” dada a variedade de preciosidades que este templo tem.
Altar-mor de Nossa Senhora
Começo por Santo António de Lisboa, que nos diz que gosta do carinho do menino Jesus, imagem que não pesa porque sagrada, a mão do santo apenas lhe toca!
Nossa Senhora de Fátima sorri suavemente e tem feições de uma delicadeza serena. 

Está no altar da Rainha Santa Isabel que apazigua o seu esposo rei D. Dinis e o seu filho Afonso.

Esta escultura de Canova de 1808 também ela é de um expressionismo sentido pela perda do seu benfeitor Alexandre de Sousa ali sepultado.
O exterior, numa rua demasiado estreita para esta fachada, vemos pormenores portugueses como o escudo da casa de Bragança ali colocado em 1640, e uns anjos que com a sua trompete chamam a atenção de quantos passam na Via dei Portoghesi, assim chamada porque recebia peregrinos portugueses desde o século XIV, num albergue ao lado da Igreja, que é hoje hotel.

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