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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

ROMA - Imperadores - II

Marco Aurélio (161-180) é lembrado como um governante bem sucedido e culto, dedicou-se à filosofia e escreveu uma obra ainda hoje lida, denominada "Meditações". A verdadeira estátua de bronze de Marco Aurélio pode ser admirada no interior dos Museus Capitolinos, a que está na Piazza del Campidogio é uma cópia. Porém, o excelente desenho da referida Praça é de Miguel Ângelo, concebido para acolher a estátua em 1538. Tornou-se o protótipo de todas as estátuas equestres do renascimento.

                                           Estátua equestre de Marco Aurélio
Piazza del Campidogio de Miguel Ângelo
Caracala (198-217) está associado à construção das maiores termas do mundo:Termas de Caracala. Foram visitadas numa manhã de sol, sem ninguém e, deu para ver, sentir e imaginar o magnífico local onde os romanos se encontravam, faziam negócios e tratavam da saúde. A conceção arquitetónica apenas podemos imaginá-la em livros que reconstroem a realidade. Mas, o desenho minucioso do chão é efetivamente belo pela complexidade e perfeição, incluindo cores e reproduções de figuras. O sistema de canalização e aquecimento de águas foi uma revolução tecnológica na época. Concedeu cidadania romana a todos os súbditos do Império o que para além de representar uma democratização social que lhes dava acesso às termas, era um meio de cobrar impostos.
Termas de Caracala

Constantino (307-337) entrou na História como primeiro Imperador a professar o cristianismo, segundo a tradição, devido à vitória da batalha de Ponte de Mílvia, perto de Roma. Na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz escrita em latim "In hoc signo vinces", "sob este símbolo vencerás". De manhã mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e saiu vitorioso. O senado ao erguer o Arco de Constantino inscreveu que a sua vitória se devia à inspiração da divindade "Instinctu divinitatis mentis", o que certamente ia de encontro às ideias do Imperador. 
Arco de Constantino
Só após 317 é que ele passou a adotar clara e principalmente lemas e símbolos cristãos, como o "chi-rô", emblema que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo  ("X" e "P" sobrepostos).
Cristograma de Constantino
A adoção do cristianismo foi certamente resultado da influência da sua mãe Helena, cristã e canonizada pela Igreja católica. Garantiu liberdade religiosa declarando que era concedido celebrar "os ritos de uma velha superstição". O Édipo de Constantino de 321, fixou o calendário das festas religiosas, escolhendo o domingo como dia de repouso por ser o dia do sol, numa reminiscência do culto do sol invicto.
Constantino Museus Capitolinos, interior 
Constantino, Museus Capitolinos, exterior

 ... os PAPAS, tiveram poder para influenciar o curso da história, mas também protegeram as artes... 

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