Miguel
Ângelo Buonarroti, nasceu génio assim o relatam as biografias escritas ainda
na longa vida de escultor, pintor e arquiteto. O estilo épico destes
relatos engrandece eventos relacionados com o seu nascimento e infância,
supostamente proféticos da sua futura glória.
A Toscana viu-o nascer em 1475, tendo Florença no
horizonte. A linda região italiana foi o cenário inspirador das suas artes. Florença
era governada por Lourenço de Medici, grande impulsionador e mecenas de
artistas, ele próprio considerado erudito, corajoso guerreiro e amante
libertino. Miguel Ângelo aproveitou a onda esplendorosa da cidade e, ainda
jovem, depois de mostrar o seu talento, foi viver para a “corte” do príncipe
onde a entrada era exclusiva aos grandes como Sandro Botticelli. A sua habilidade
escultórica denunciava já um futuro promissor que o seu patrono teve a
capacidade de perceber.
Porém, Medici o Magnifico morre aos 43 anos, o que representou um duro revés para Miguel Ângelo e para Florença.
Teve dificuldade em enfrentar a decadência da sua urbe culta e graciosa e mudou-se para Roma em 1496.
Porém, Medici o Magnifico morre aos 43 anos, o que representou um duro revés para Miguel Ângelo e para Florença.
Teve dificuldade em enfrentar a decadência da sua urbe culta e graciosa e mudou-se para Roma em 1496.
A “Pietá” (1498-1499)
foi o seu passaporte escultórico para uma estrada
romana de sucessos artísticos. Está situada num altar
lateral da Basílica de S. Pedro é uma obra para ser observada com a atenção que merece, idealmente com
pouca gente, mas é difícil...
Primeiro a face demasiado jovem de Maria, para mostrar a sua serena beleza e nobre resignação, é ela a figura central. O corpo de Cristo parece realmente morto devido à forma dos membros e da cabeça caída. O drapeado das vestes é de uma perfeição excecional se considerarmos a idade do escultor, quando executou esta obra: 23 anos. Muitos não acreditavam que ele fosse o autor, daí ter tido necessidade de inscrever o seu nome na faixa que atravessa o peito de Maria: Michael Angelus. Bonarotus. Florent. Facieba(t), «Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez.»
A Capela Sistina tem plasmado o seu nome, embora estejam aí representados vários mestres da pintura nas paredes.
O teto é da sua autoria, pintando-o de acordo com o seu estilo e projeto resistindo ao apelo do papa Júlio II em 1505 que discutia com ele para acabar depressa a obra. Este pontífice no seu leito de morte declarou-se feliz porque Deus lhe havia dado forças para ver a obra de Miguel Ângelo terminada em 1512, e assim já conhecer o reino dos céus.
Pintou sozinho um espaço de 680m2, localizado a 20 m de altura, com uma técnica pictórica que requeria precisão e rapidez, o fresco. Na verdade, estava um pouco contrafeito porque considerava que a pintura era para fracos mas tinha que responder afirmativamente ao Papa. Apesar de muitos considerarem que um único homem não conseguiria pintar uma área daquela dimensão, ele conseguiu, em quatro anos, para provar a si e aos outros, Rafael incluído, que tinha génio em todos os sentidos.
Desenhou o que hoje se chama uma bíblia em quadradinhos, com múltiplas figuras separadas por eixos que criam um efeito interessante para quem vê a 20m de distancia e não pode usar qualquer ajuda para percecionar melhor. Vemos Profetas, Sibilas, todas com simbologia que daria só por si um livro, realmente muita informação, muita beleza, cada pequeno pormenor daria um quadro, como se comprova nestas imagens importadas da internet...
Primeiro a face demasiado jovem de Maria, para mostrar a sua serena beleza e nobre resignação, é ela a figura central. O corpo de Cristo parece realmente morto devido à forma dos membros e da cabeça caída. O drapeado das vestes é de uma perfeição excecional se considerarmos a idade do escultor, quando executou esta obra: 23 anos. Muitos não acreditavam que ele fosse o autor, daí ter tido necessidade de inscrever o seu nome na faixa que atravessa o peito de Maria: Michael Angelus. Bonarotus. Florent. Facieba(t), «Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez.»
"Pietá", Miguel Ângelo,1499 |
A Capela Sistina tem plasmado o seu nome, embora estejam aí representados vários mestres da pintura nas paredes.
O teto é da sua autoria, pintando-o de acordo com o seu estilo e projeto resistindo ao apelo do papa Júlio II em 1505 que discutia com ele para acabar depressa a obra. Este pontífice no seu leito de morte declarou-se feliz porque Deus lhe havia dado forças para ver a obra de Miguel Ângelo terminada em 1512, e assim já conhecer o reino dos céus.
Pintou sozinho um espaço de 680m2, localizado a 20 m de altura, com uma técnica pictórica que requeria precisão e rapidez, o fresco. Na verdade, estava um pouco contrafeito porque considerava que a pintura era para fracos mas tinha que responder afirmativamente ao Papa. Apesar de muitos considerarem que um único homem não conseguiria pintar uma área daquela dimensão, ele conseguiu, em quatro anos, para provar a si e aos outros, Rafael incluído, que tinha génio em todos os sentidos.
Desenhou o que hoje se chama uma bíblia em quadradinhos, com múltiplas figuras separadas por eixos que criam um efeito interessante para quem vê a 20m de distancia e não pode usar qualquer ajuda para percecionar melhor. Vemos Profetas, Sibilas, todas com simbologia que daria só por si um livro, realmente muita informação, muita beleza, cada pequeno pormenor daria um quadro, como se comprova nestas imagens importadas da internet...
Teto da Capela Sistina, como se vê a 20m de distância |
Profeta Isaias |
Sibila Libia |
Detalhe do Juízo Final com auto-retrato |
Detalhe do Juízo Final, com Maria |
Detalhe do Juízo Final com angustia |
Miguel Ângelo deixou o seu contributo arquitetónico para a imortalidade, entre outras obras em Roma, na magnífica cúpula da Basílica de S.Pedro, a sua súplica aos céus para que encontre a paz que não teve na terra. Usava o contraste entre luzes e sombras, entre maciços e vazios, antecipando-se às grandes criações barrocas de Bernini e Borromini uns anos mais tarde.
Cúpula da Basílica de S.Pedro, Miguel Ângelo |
Antes de morrer em 1564, pediu aos seus discípulos para queimarem esboços, desenhos ou apontamentos que pudessem testemunhar os sonhos que não iria realizar.
... Portugal tem a sua Igreja em Roma, de Santo António...
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