O Museu Reina Sofia, em homenagem à primeira rainha da democracia espanhola, localiza-se perto da estação da Atocha e faz parte do "Triângulo de ouro da arte de Madrid", conjuntamente com o Museu do Prado e o Museu Thyssen-Bornemisza.
Um antigo hospital setecentista foi artisticamente recuperado para um museu entre 1980 e 2005, com sucessivas renovações e ampliações. Hoje é considerado um dos mais importantes museus de arte do século XX da Europa e não é só por causa da Guernica de Picasso!
Na verdade é o cartaz publicitário deste Museu e representa o "olhar e sentimento" do seu autor perante o bombardeamento desta cidade basca no dia 26 de Abril de 1937, pelos nazis aliados de Franco na guerra civil espanhola. Depois de ter sido terminado, este quadro cubista fez uma digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente conhecido e reconhecido, atraindo a atenção internacional para a guerra civil espanhola. Picasso disse acerca da sua obra:"Não, a pintura não está feita para decorar apartamentos. Ela é uma arma de ataque e defesa contra o inimigo"
Quando a II Guerra Mundial começou, a artista resolveu expor a sua pintura no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) , onde permaneceu até 1981, ano em que regressou a Espanha, por ordem expressa do pintor que só permitiu a sua transferência quando o seu país vivesse em democracia.
Guernica apresenta-se de preto, cinzento e branco e tem que ser observado com atenção, devido aos seus simbolismos. O cavalo e o touro, emblemáticos na cultura espanhola, são os dois elementos mais destacados no quadro. Uma possível interpretação é que este ataque representa agressão a esta mesma cultura, uma tentativa de destruir os seus ideais. Também é visível o horror causado em seres humanos, com um soldado morto no chão, uma mãe chora a morte do seu filho nos seus braços (esquerda do quadro), outra pessoa expressa o seu desespero perante a sua casa destruída em chamas (direita do quadro), ainda outra com a perna ferida tenta fugir de todo o caos (centro da pintura) e, por último uma mulher com lampião ilumina os elementos para que todos vejam e não esqueçam. Mas ainda há esperança na pequena flor que está ao centro. Vêm-se ainda letras que parecem folhas do jornal, indicando a forma como o pintor foi informado do ataque ocorrido em Guernica.
Conta-se que em 1940, com Paris ocupada pelos nazis, um oficial alemão, diante da fotografia reproduzindo o painel, perguntou a Picasso se tinha sido ele que tinha feito aquilo. O pintor então teria respondido: "Não, foram vocês!"
Claro que a pintura emblemática deste museu, mas também possui um acervo com obras de muita beleza, fiquei agradavelmente surpreendida.
Entrei no sala de "transparências". Inspirou-me para tentar fazer uma foto original com a minha imagem refletida.
Esta é a obra do outro lado...
Esta é a premonitória e perturbadora pintura de Alfonso Ponce de Leon de 1936, ano em que faleceu num desastre da viação.
E a Mulher de azul de Picasso, 1901, que apenas recebeu uma menção honrosa num concurso, foi repudiada pelo pintor e depois adquirida pelo Estado espanhol, sabe-se lá por quanto...
Mas Dali é um dos meus favoritos. Esta impressionou-me, levei-a comigo numa chávena. Não sei explicar...
Os jardins do antigo hospital também foram bem recuperados, albergando agora obras de arte que nos animam numa pausa ao ar livre.
 |
| Vistas exteriores do Museu Reina Sofia |
Na verdade é o cartaz publicitário deste Museu e representa o "olhar e sentimento" do seu autor perante o bombardeamento desta cidade basca no dia 26 de Abril de 1937, pelos nazis aliados de Franco na guerra civil espanhola. Depois de ter sido terminado, este quadro cubista fez uma digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente conhecido e reconhecido, atraindo a atenção internacional para a guerra civil espanhola. Picasso disse acerca da sua obra:"Não, a pintura não está feita para decorar apartamentos. Ela é uma arma de ataque e defesa contra o inimigo"
Quando a II Guerra Mundial começou, a artista resolveu expor a sua pintura no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) , onde permaneceu até 1981, ano em que regressou a Espanha, por ordem expressa do pintor que só permitiu a sua transferência quando o seu país vivesse em democracia.
Guernica apresenta-se de preto, cinzento e branco e tem que ser observado com atenção, devido aos seus simbolismos. O cavalo e o touro, emblemáticos na cultura espanhola, são os dois elementos mais destacados no quadro. Uma possível interpretação é que este ataque representa agressão a esta mesma cultura, uma tentativa de destruir os seus ideais. Também é visível o horror causado em seres humanos, com um soldado morto no chão, uma mãe chora a morte do seu filho nos seus braços (esquerda do quadro), outra pessoa expressa o seu desespero perante a sua casa destruída em chamas (direita do quadro), ainda outra com a perna ferida tenta fugir de todo o caos (centro da pintura) e, por último uma mulher com lampião ilumina os elementos para que todos vejam e não esqueçam. Mas ainda há esperança na pequena flor que está ao centro. Vêm-se ainda letras que parecem folhas do jornal, indicando a forma como o pintor foi informado do ataque ocorrido em Guernica.
Conta-se que em 1940, com Paris ocupada pelos nazis, um oficial alemão, diante da fotografia reproduzindo o painel, perguntou a Picasso se tinha sido ele que tinha feito aquilo. O pintor então teria respondido: "Não, foram vocês!"
Claro que a pintura emblemática deste museu, mas também possui um acervo com obras de muita beleza, fiquei agradavelmente surpreendida.
Esta é a premonitória e perturbadora pintura de Alfonso Ponce de Leon de 1936, ano em que faleceu num desastre da viação.
Os jardins do antigo hospital também foram bem recuperados, albergando agora obras de arte que nos animam numa pausa ao ar livre.
... D. Quixote de la Mancha e o seu fiel amigo Sancho Pança
fazem parte da cultura espanhola, encontram-se na Praça
de Espanha, claro...
Gosto deste Museu
ResponderEliminarRecebo a newsletter
Fiquei a saber que gostas,particularmente, deste quadro de Dalí
Gosto também de obras do Surrealismo