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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

ROMA - Imperadores - I

Descrevo dados biográficos significativos de alguns Imperadores, pela história a eles associada e também porque continuam hoje a ser venerados em monumentos que fazem parte da “Roma Imperial”.

Augusto(27 a.C.-14 d.C.), descendente de Júlio César foi o fundador do Império Romano. 
Liderou inicialmente em triunvirato, juntamente com o muito conhecido Marco António e Lépido. Depois de aparentemente dar poderes ao senado, na realidade, manteve seu poder autocrático sobre a República como um ditador militar.
Denominou-se "Primeiro Cidadão do Estado" (Princeps Civitatis), iniciando uma era de relativa paz “Pax Romana”, apesar das guerras de expansão que anexaram o Egito, Dalmácia, Germânia e Hispânia.
Reformou o sistema romano de tributação, construiu redes de estradas, estabeleceu um exército permanente (guarda pretoriana), criou serviços oficiais de polícias e bombeiros para Roma e reconstruiu grande parte da cidade durante seu reinado.
A sua obra foi grande e decisiva com uma visão de futuro difícil de igualar.
Foi “O Imperador”, o seu nome quer dizer sagrado, sublime, elevado.
Augusto

Tibério (14-37), foi durante o seu reinado que, na província romana da Palestina, Jesus foi crucificado. Como tribuno, reorganizou o exército reformando a lei militar e criando novas legiões, para defender os territórios conquistados. Tibério converteu-se num dos maiores generais de Roma, mas assistiria a uma nova batalha: a perseguição dos cristãos que começavam a formar uma força “rebelde”. 

Nero (54-58) é o mais falado pelas piores razões, associado à tirania, crueldade e extravagância. No entanto, o início do seu reinado, quando ainda muito jovem, foi apoiado por Séneca, introduzindo medidas de apoio ao comércio. Foi sobretudo na área cultural que o seu mandato se notabilizou pela positiva. Era um artista, músico mas demente mandando executar indiscriminadamente até a própria mãe. As fontes que nos chegam até hoje são controversas e torna-se difícil separar a realidade da ficção, vantajosa para filmes e romances.

Tito Flávio (79-61) inaugurou o Coliseu de Roma, onde se assistiria a jogos de uma violência que os romanos adoravam. Era a alienação do povo, de uma forma sanguinária, o lado lunar do Império Romano. Durante seu reinado, as cidades de Herculano, Pompeia foram destruídas pela erupção do Vesúvio.


Coliseu de Roma
Trajano (98-117) o imperador hispânico foi bondoso, justo e inteligente. Conquistou a Dácia e o Senado mandou erguer a Coluna de Trajano, onde estão minuciosamente gravados os episódios desta conquista. Construiu o fórum de Trajano e o primeiro centro comercial do mundo os “mercados de Trajano”.
Hoje coexistem com a Roma atual numa ligação muito estreita...
Ampliou o porto de Óstia. Criou bibliotecas e continuou a abrir estradas.
Trajano e Mercados de Trajano

                  Coluna de Trajano, Igreja e casas atuais








Adriano (117-138) reconstruiu o Panteão e o Templo de Vénus em Roma. Durante seu reinado, Adriano viajou para quase todas as províncias romanas.
Era um ardente admirador da Grécia e procurou fazer de Atenas capital cultural do Império, ordenando a construção de muitos templos opulentos nesta cidade. Retirou-se para a sua “ Villa Adriana” em Roma, para pensar e escrever a sua autobiografia que não chegou aos nossos dias. Talvez seja o mais erudito dos Imperadores. É impossível não pensar nas Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar. Está sepultado num panteão que é hoje o Castelo Santo Ângelo.
Panteão 
... os IMPERADORES que se seguem escreveram importantes páginas da história...

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